14 setembro 2011

OSCAR LOPES, NA LITERATURA PORTUGUESA


Óscar Lopes nasceu a 2/X/1917, em Leça da Palmeira, Matosinhos.
Licenciou-se em Filologia Clássica pela FLUL, em 1941, e depois em Histórico-Filosóficas, pela FLUC. Foi professor liceal entre 1941 e 1974. Entre 1967 e 1971 foi bolseiro do Instituto de Estudos Pedagógicos da Fundação Calouste Gulbenkian. É autor duma vasta obra nos domínios da Linguística e, sobretudo, da História da literatura.
Foi colaborador regular das mais importantes revistas literárias portuguesas, incluindo algumas ligadas à oposição antisalazarista: Seara Nova, Vértice, Mundo Literário, além da Colóquio/Letras, da Camões e do suplemento literário do jornal O Comércio do Porto.
Com António José Saraiva elaborou uma das mais influentes obras da cultura oposicionista sob o Estado Novo, a famosa História da Literatura Portuguesa, editada em 1955 e com mais de 20 reedições posteriores.
A partir de 1942 envolve-se em intensa actividade política e cívica oposicionista, tendo pertencido ao MUNAF, ao PCP (desde 1945), ao MUD, ao MND e à CDE. Entre outros envolvimentos associativos, foi presidente da Associação Portuguesa de Escritores, fundador da Universidade Popular do Porto e dirigente da Associação de Jornalistas e Homens de Letras. A sua intervenção cívica e a militância no PCP foram represaliadas pela ditadura com a prisão por duas vezes, a proibição de saída do país durante um longo período e o afastamento da universidade. Só depois da revolução pôde ser professor na FLUP. Foi membro do Comité Central do PCP entre 1976 e 1996.

SUV - Soldados Unidos Vencerão (Set 1975)









11 setembro 2011

CHILE 11/SET/1973 - ASSASSINO GOLPE MILITAR DE PINOCHET




1ª Parte


2ª Parte


Allende é vitorioso nas eleições presidenciais em 1970 e a Unidade Popular assume o governo. Mas não o poder, pois o aparelho de Estado, a organização burocrático-militar é mantida, no fundamental, intacta. (1)
No governo da Unidade Popular intensifica-se o processo de mobilização popular e implementa-se significativa melhoria das condições de vida dos trabalhadores, a reforma agrária e a nacionalização de empresas estrangeiras, como as das minas de cobre, ferindo os interesses econômicos dos grandes grupos empresariais do Chile e do imperialismo. Estes desencadeiam sabotagens, boicotes, gerando desabastecimento de gêneros de primeira necessidade para a população, com intento de amedrontar, principalmente, as camadas médias e desestabilizar o governo de Allende.

Nas palavras do Embaixador dos Estados Unidos em Santiago, E. Korry, a Eduardo Frei, em carta de outubro de 1970: "Deve saber que não permitiremos que chegue ao Chile um parafuso, nem uma porca... Enquanto Allende permanecer no poder, faremos tudo ao nosso alcance para condenar o Chile e os chilenos às maiores privações e misérias..."

Ainda em outubro de 1970, o escritório central da CIA em Santiago fazia "... Informar a esses oficiais golpistas que o governo dos Estados Unidos lhes dará seu respaldo total no golpe ... (Cabo 762 do escritório central da CIA em Santiago. 14.10.1970).

Estava em preparação o golpe de Estado consumado em 11 de setembro de 1973, na operação sob o nome de “Chove Sobre Santiago”, executada pelas forças reacionárias do Chile, que teve como ponta de lança as Forças Armadas sob a direção do general Pinochet e que contou com o apoio direto da CIA, do governo dos EUA e também dos governos ditatoriais da América Latina, associados com o imperialismo norte-americano na "Operação Condor". O aparelho militar-policial do Estado chileno realizou um dos maiores banhos de sangue contra um povo nas últimas décadas na América Latina."

(1) - Voltaremos a esta questão

03 setembro 2011

COMBATE SEXUAL DA JUVENTUDE (Wilhelm Reich)



Do prefácio da edição alemã "Exórdio".

  "Este livro foi escrito para a juventude sem limite de idade. Não tem por fim a "explicação" habitual que afasta o problema das relações sexuais da juventude, mas quer, conforme as convicções de ordem científica, dar aos jovens repostas exactas, relacionadas com o grande problema da sua maturidade sexual."
  "São a situação social, o actual carácter da familia e da escola e a influência de toda a opinião pública, que determinam os rapazes e raparigas dos meios operários, os empregados e os camponeses, a apoderarem-se avidamente dos livros de informação sexual. 99% vão parar à obra nefasta de negociantes sem escrúpulos ou de médicos ignorantes de assuntos sexuais mas que se governam explorando a fundo a grande necessidade de esclarecimentos dos jovens de todos os meios. "

Wilhelm Reich, Janeiro de 1932


(capa do livro: das "Edições Delfos" colecção Livro Aberto - Novembro 1972)