22 dezembro 2010

O que o colonialismo ignorou e escondeu

   Ao colonialismo, e seus homens de mão, nunca interessou, mesmo em última análise a pacificação da situação.
   Somente um, viria a perceber que perante a degenerescência do governo em Lisboa e o aprofundar das contradições internas da própria ‘máquina militar’, mais o isolamento internacional a que o governo de Lisboa já estava votado, poderia vir a ser o ‘Senhor’ daquela parcela territorial em África. António Spínola.
   Eles (os da altura) e ainda hoje, os reminescentes saudosistas, que não perceberam, não percebem nem perceberão, que seria assim com ou sem 25 Abril.
   Esquecem, ou fingem não conhecer factos, de lutas de libertação em vários locais do Globo, levadas a cabo mesmo contra a chamada maior potência militar do mundo, sendo visiveis hoje, os resultados e consequências.
   Não é por acaso, que chamavam à Guiné Bissau, o ‘Vietnam português’, um território tão pequeno, que causou mais baixas que qualquer outra colónia, em termos relativos, ao exército português.
   Alguns daqueles estagnados saudosistas defendem, que Portugal seguia a moda colonial de outros países europeus. Mas escondem (escamoteiam) que por outro lado o governo de Lisboa não quis, não sabia como, sem perder a face, seguir no minimo, os exemplos de descolonização dos mesmos países.


   Cabe aqui esclarecer, os que entendem que a utilização do francês pelos naturais da Guiné Bissau, era uma afronta ao exercito, (na altura da independência) o seguinte:
   Para além dos dialectos locais, os crioulos, o português, a língua francesa era a utilizada por condicionantes (e naturalmente influencia) de comunicação política com o exterior. Em razão dos países circundantes utilizarem o francês.
   Contudo, Portugal com séculos de colonização, e permanência intensiva durante dez anos, não anulou o analfabetismo, nem um ponto. Mantendo a população na ignorância absoluta.

1 comentário:

Hélder Valério disse...

Caro Filipe

Concordo com o que aqui defendes.
E é bem verdade que os 'saudosistas', principalmente os 'induzidos', quer pela verborreia dos seus mentores, quer por justificado desencanto com a situação actual gerada por esta farsa de democracia, estão cada vez mais encorajados a debitar os seus objectivos.

Hélder S.