24 abril 2011

EMBAIXADA DE CUBA EM LISBOA - Atentado 22 Abril 1976


El 21 de abril de 1976, terroristas atentan contra la residencia del Cónsul cubano en Lima, Perú. Al día siguiente el 22 de abril, alrededor de las cuatro y cuarenta de la tarde, cuando los hijos de los funcionarios cubanos estaban a punto de regresar de la escuela, se produjo la explosión de una bomba de alto poder destructivo en la Embajada de Cuba en Lisboa, donde murieron los funcionarios Adriana Corcho Calleja y Efrén Monteagudo Rodríguez.

Por Pedro Etcheverry Vázquez y José Luis Méndez Méndez
(tradução directa de Carlos Filipe)
A partir de Abril de 1974, depois que o terrorista Orlando Bosch Ávila, se “escapou” do território dos Estados Unidos com a anuencia das autoridades, os actos terroristas contra as representações cubanas no exterior aumentaram.
Era o primeiro ano dos chamados Anos de Terror, que entre 1974 e 1976 aumentaram em espiral as agressões contra Cuba. No total nesses anos, foram executados 165 actos de terror contra representações e pessoal cubano em 24 países.
O 20 de Janeiro de 1976, assumiu funções como director da CIA, George H. W. Bush, que como oficial do caso nessa Agencia, havia participado em planos contra Cuba durante os anos sessenta. A partir de então, entretanto os grupos terroristas de Miami fortaleciam as suas relações com o clã de Bush, e incrementaram suas agressões contra os interesses de Cuba no exterior.
Desde Novembro de 1975, Cuba havia decidido aceder solidariamente ao pedido de Angola, que após uma longa luta contra o colonialismo português, havia alcançado sua independência e tratava de consolidá-la. Enfrentava os ataques de forças inimigas e a invasão da África do Sul no seu território. Este gesto legitimo, foi esgrimido como pretexto da administração republicana de Gerar R. Ford para interromper a ronda de conversações que se realizavam entre representantes de Cuba e Estados Unidos, para distender as relações. A partir desse momento os grupos terroristas de origem cubana sediados na Flórida, receberam luz verde para actuar na chamada Guerra pelos Caminhos do Mundo (Guerra por los  Caminos del Mundo), projecto criado para agredir e amedrontar os representantes de Cuba no mundo.
Sucederam e incrementaram-se os actos de terror.
A 13 de Agosto de 1975, o Embaixador de Cuba na Argentina, Emilio Aragonés Navarro, foi vitima de um atentado terrorista.
A 17 Novembro do mesmo ano uma bomba deflagrou na Embaixada de Cuba na Venezuela. No dia 28, novamente uma carta armadilhada foi enviada à mesma sede diplomática em Caracas.
E no mesmo dia, um objecto explosivo destruiu o automóvel oficial do Embaixador de Cuba no México.
A 21 de Abril de 1976, terroristas atentam contra a residência do Cônsul cubano em Lima, Peru.
No dia seguinte a 22 de Abril, por volta das 16:40, quando os filhos dos funcionários cubanos estavam prestes a regressarem da escola, produziu-se a explosão de uma bomba de alto poder destrutivo na Embaixada de Cuba em Lisboa, aonde morreram os funcionários Adriana Corcho Calleja e Efrén Monteagudo Rodríguez, de 35 e 33 anos respectivamente. A explosão também provocou ferimentos em Alberto Álvarez Alfonso.
A bomba foi colocada na escadaria, junto à porta de um dos apartamentos que ocupava a sede diplomática no sexto piso do edifício. Adriana detectou a presença da carga explosiva e compreendendo o perigo, alertou os companheiros retirando-se para o interior para tomar as medidas de segurança pertinentes, quando foi surpreendida pelo estalido. Os dois pisos que ocupava a representação cubana sofreram grande destruição e os vários apartamentos próximos também sofreram consideráveis danos.
A escolha dos terroristas da sede diplomática na capital de Portugal para dinamitá-la, não foi por acaso, foi feito com toda a intenção e premeditação para atemorizar as autoridades cubanas, pela presença internacionalista em Angola e o decidido apoio dado por Cuba à causa independentista de outras colónias portuguesas em África.
Este pretexto seria utilizado em 11 de Junho do mesmo ano para a criação do plano criminoso da chamada Coordenação de Organização Revolucionárias Unidas, CORU, plano terrorista que encarregaria de executar dezenas de outros actos de terror como o realizado em Lisboa.
Em 8 de Julho de 2011, um jurado norte-americano na corte de El Paso, Texas, exonerou dos seus cargos por ter subestimado as dezenas de evidencias apresentadas e demonstradas durante mais de treze semanas que duraram as provas sobre a actividade do terrorista Luis Posada Carriles.
Enquanto o gestor da CORU, Orlando Bosch Ávila, vive placidamente como honrado cidadão em Miami depois de ser indultado por seu anteriormente chefe na CIA, George H. W. Bush, então como Presidente dos Estados Unidos, inclusive contra o parecer do Departamento de Justiça, que considerou que Bosch era um terrorista e ameaçava a segurança nacional de esse país por tal condição.
Hoje 22 de Abril quando se cumprem 35 anos do acto terrorista realizado contra a Embaixada de Cuba em Lisboa.
  

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